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Em processo histórico, Meta pode ser forçada a vender Instagram e WhatsApp

  • e-Xyon Tecnologia
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura
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Um julgamento histórico teve início nos Estados Unidos em 14 de abril de 2025, colocando a gigante da tecnologia Meta — proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp — no centro de uma das mais relevantes disputas antitruste da última década. A ação foi movida pela Comissão Federal de Comércio (FTC), que alega que a Meta comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014 com o objetivo de eliminar concorrentes emergentes e consolidar um monopólio no setor de redes sociais pessoais. Embora essas aquisições tenham sido aprovadas na época, a FTC argumenta que o impacto a longo prazo prejudicou a concorrência, e agora busca forçar a empresa a vender os dois aplicativos.


"Melhor comprar do que competir"


Durante o primeiro dia do julgamento, Mark Zuckerberg prestou depoimento, defendendo as aquisições como investimentos legítimos que fortaleceram os produtos e beneficiaram os usuários. A Meta sustenta que enfrenta forte concorrência de plataformas como TikTok, YouTube, X (antigo Twitter) e iMessage, e que o Instagram, por exemplo, cresceu e evoluiu graças ao suporte da empresa. No entanto, e-mails internos de Zuckerberg, em que ele afirma que "é melhor comprar do que competir", foram citados pela FTC como possíveis provas de intenção anticompetitiva. A professora Rebecca Haw Allensworth, da Universidade Vanderbilt, ressalta que essas declarações podem ser o ponto mais convincente para sustentar o caso da comissão.


Especialistas como Laura Phillips-Sawyer, da Universidade da Geórgia, alertam que a FTC enfrenta uma batalha jurídica complexa. Ao contrário do mercado de buscas online — onde o Google domina com 90% de participação e enfrenta uma ação paralela do Departamento de Justiça —, o setor de redes sociais apresenta uma diversidade maior de concorrentes, o que torna mais difícil comprovar prejuízo direto à concorrência. Ainda assim, o julgamento da Meta é visto como um marco que poderá redefinir os limites do poder corporativo no ambiente digital.


O caso também ocorre em meio a um clima político de crescente desconfiança em relação a agências reguladoras independentes. O presidente da FTC, nomeado por Donald Trump, já declarou publicamente que seguiria ordens legais da Casa Branca caso fosse instruído a abandonar o processo — embora tenha dito que ficaria surpreso com tal cenário. A ação contra a Meta representa não apenas uma ofensiva jurídica, mas também um teste sobre até que ponto os Estados Unidos estão dispostos a confrontar as grandes corporações tecnológicas.


 

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